Roni Fontoura de Vasconcelos Santos

Breve biografia composta por amigos

Nasceu a 2 de maio de 1956 na cidade do Rio de Janeiro, então Distrito Federal e hoje capital do Estado do Rio de Janeiro. Filho do Dr. Nilton Victor Santos, médico, e de Leda Vasconcellos, ambos nascidos em Porto Alegre/RS em 1924 e 1926 respectivamente. Neto paterno de Victor Pereira dos Santos, de Miraguaia, em Santo Antônio da Patrulha/RS (descendente de açorianos chegados no século XVIII em Santa Catarina, depois estabelecidos no Rio Grande do Sul) e de Marina de Paula Pedroso, de Taquari/RS (também descendente de portugueses). Neto materno de Waldemar José dos Anjos de Vasconcellos, de Porto Alegre/RS, e Brunehilde Carvalho da Fontoura, de Santa Maria/RS, ambos descendentes de conhecidas famílias gaúchas.

Médico, formado pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO em 1980; especialista em pediatria e homeopatia pela Associação Médica Brasileira – AMB.

Iniciou os estudos genealógicos por volta do ano de 2000, e dedicou-se a estudar a sua  própria história de família, com foco principalmente no Rio Grande do Sul, mas com raízes mais longas, como Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.  Suas pesquisas, ainda inéditas, retroagem consideravelmente no tempo, gerando histórias e “causos” que contava constantemente aos amigos e confrades, como a descoberta de uma trisavó escrava e a de outra ancestral, da família Henriques de Carvalho, que foi condenada pela Inquisição Portuguesa e queimada viva.

Sem limitar-se apenas ao território nacional, viajava com frequência a locais de origem e vivência de seus antepassados, dos quais tinha orgulho, guardando especial carinho pelo bisavô Ildefonso Borges Toledo da Fontoura, pelo  cirurgião-mor Joaquim Tomaz de Bem Salinas, e outrosque considerava marcantes. Além disso, Roni gostava de ajudar o próximo, sempre auxiliando os mais novos no estudo de genealogia a descobrir os seus, realizando encontros em sua casa e, assim, congregando pessoas.

Foi associado do Instituto Genealógico do Rio Grande do Sul – INGERS; do Colégio Brasileiro de Genealogia, sediado  no Rio de Janeiro, onde integrou a Diretoria como membro do Conselho Fiscal em diversas gestões; além de outras associações profissionais e histórico-genealógicas. Mantinha permanente contato com familiares e genealogistas, participando de grupos de discussão em genealogia na Internet, onde conquistou admiradores e fez incontáveis amigos.

Seu desejo era escrever um livro com a genealogia da família, contendo o substancial volume de informações e documentos que possuía, onde pudesse registrar, além da pesquisa fidedigna, fatos e episódios das vidas dos familiares, ilustrados com as  muitas fotografias de que dispunha. No entanto, em razão da doença que o abateu, não conseguiu dar cabo de seu sonho, mas o material está em análise por amigos com este propósito. Além de ter contribuído no título “Carvoeiros” (vol. 10) na obra “Acréscimos à Genealogia Paulistana”, edição em CD-Room, organizado por Marta Amato em 2002/2003, deixou o artigo “Família Bem Salinas – 500 anos de Segmento Oculto”, sobre a família do cirurgião-mor Joaquim Tomaz de Bem Salinas, ancestral acima referido.

Era um entusiasmado profissional da Medicina, adorava clinicar e ter contato com os seus pequenos clientes. Com a mesma dedicação, atendia gratuitamente todo aquele que não tivesse condições de pagar a consulta, entres eles moradores de rua.  Faleceu no Rio de Janeiro no dia 28 de março de 2014, deixando “órfãos” seus inúmeros clientes, amigos e admiradores.

Homenagem de amigos genealogistas do RS, agosto de 2014.

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