Mario Torres

Filho de Tranquilino Leovigildo Torres (1859-1896) e Maria da Purificação Coutinho da França, nasceu na então Santo Antônio da Barra, hoje Condeúba, estado da Bahia a 28 de janeiro de 1884. Neto paterno de Belarmino Silvestre Torres e Umbelina Emília dos Santos. Neto materno de Henrique da França Pinto de Oliveira Garzcez e Maria José Coutinho da França. Funcionário público federal. Historiador e genealogista. Casou com Esther de Seixas Torres, (26.03.1885 – 13.12.1960), filha de Eustáquio Primo de Seixas e Maria José Bastos de Seixas, sem geração. Alfabetizado pelo pai, seguiu os estudos no Colégio Oito de Dezembro, em Salvador-BA, e depois na Escola de Belas Artes, curso de desenho. Bacharelou-se em 1903 em Ciências e Letras pelo Ginásio da Bahia, e em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade da Bahia, em 1908. Aos 12 anos ficou órfão de pai e foi trabalhar como encadernador no liceu de Artes Ofícios. Prestou concurso para o Departamento de Correios e Telégrafos, aprovado em 1905 e lá exerceu vários cargos, chegando a Diretor Regional. Membro de diversas associações e institutos assistenciais e culturais, entre os quais: Sociedade Baiana de Combate à Lepra – Conselheiro; Associação dos Funcionários Públicos da Bahia – diretor; Liga dos Funcionários Federais da Bahia; Sociedade Propagadora das Belas Artes – fundador; Centro dos Aposentados Federais – RJ; Instituto Postal da Bahia – fundador, diretor e presidente da Assembléia Geral; Associação Beneficente Postal – benemérito; Mutualidade Postal Brasileira – benemérito; Sociedade Beneficente da União Telegráfica de Porto Alegre – RS; Instituto Histórico de Alagoas; Instituto Geográfico e Histórico da Bahia. Fundador do Instituto Genealógico da Bahia, primeiro ocupante da cadeira 23, cujo Patrono é João Francisco Velho Sobrinho, integrante da Comissão de redação da revista, secretário geral e então Secretário Perpétuo. Associou-se ao Colégio Brasileiro de Genealogia em 1958. Autor dos artigos: Biografia do Engenheiro João Silveira – Boletim da Agricultura, Comércio e Indústria da Bahia, 1928; A vida do Marechal Luiz Paulino de Oliveira Pinto da França – Revista da Academia de Letras da Bahia, 1936; Memória Histórica sobre os correios – Revista do IGHBa; Genealogia e descendência do Visconde de Fiais, Luiz Paulo de Araújo Basto – Revista do Instituto Heráldico e Genealógico de São Paulo, 1940; Os Sodrés da Bahia – Revista Genealógica Brasileira, 1942 e 1943; Os morgados do Sodré – Revista Municipal de Salvador; Barão de Itapororocas – Revista do IHGB, 1943; Discurso de agradecimento em nome da família e inauguração do busto do conselheiro Tranquilino Leovigildo Torres – Revista do IGHBA, 1944; Memória histórica comemorativa dos 50 anos de existência do IGHBA – idem, 1944; Os Torres – idem, 1945; Reis de Portugal que governaram o Brasil – Revista do Instituto genealógico da Bahia, 1946; Varões insignes – Pedro Álvares Cabral –  idem, 1948; Tomé de Souza – idem, 1948; O primeiro monumento público do Brasil – idem, 1950; Os morgados do Sodré – idem, 1951; Os Sodrés – ide, 1952; José Henrique Aderne – idem, 1953; A Quinta do Tanque: monumento nacional – idem, 1957; Ernesto Simões Filho: um grande baiano (in memoriam) – idem, 1959; Necrológio de Maurício Cezimbra Tavares (in memoriam) – idem, 1962. Faleceu, viúvo, em Salvador-BA a 14 de outubro de 1965.

Fonte: Revista do Instituto Genealógico da Bahia – nº 22, 2005.

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