Lucas Alexandre Boiteux

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Filho do coronel Henrique Carlos Boiteux e Maria Carolina Jaques Boiteux, nasceu em Nova Trento, no município de Tijucas, Estado de Santa Catarina, a 23 de outubro de 1881. Casou com Diamantina Demaria, gerando Altair, Bayard, Colbert, Nelson, Norton, Ruyter, Solange, Yan, Yerusa, Yolanda e Yvone – Demaria Boiteux. Faleceu no Rio de Janeiro a 16 de dezembro de 1966. Militar e historiador. Com cinco anos foi para a escola primária de sua cidade e depois estudou no Colégio São Luiz na cidade de Itu-SP, terminando os estudos no curso de humanidades do Colégio dos Jesuítas em Florianópolis-SC. Em 1897 ingressou na Escola Naval, de formação de oficiais da Marinha de Guerra, iniciando ali sua careira militar. Em 1940, quando era Capitão-de-Mar-e-Guerra, teve a carreira interrompida por questões políticas. Incompatibilizado com o Estado Novo, não se conformou e foi à Justiça, tendo sido reintegrados às forças navais em 1951, no posto de Contra-Almirante da Armada e, a seguir, transferido para a Reserva. Na carreira, foi Imediato e Comandante de diversos navios. Por ocasião da Revolução Constitucionalista de 32, comandava – no posto de Capitão-de-Fragata – o Cruzador Bahia. Comandante da Escola de Aprendizes Marinheiros e do Centro de Aviação Naval. Assistente do Chefe do Estado Maior da Armada. Capitão dos Portos de Santa Catarina. Comandante da Divisão dos Contra-torpedeiros. Vice-Diretor de Pessoal da Armada e da Diretoria de Navegação, além de outros cargos e funções. Como historiador e genealogista, sua obra é vastíssima. Considerado o maior historiador naval brasileiro, produziu trabalhos sobre o tema a partir de 1908, até o ano de sua morte. Era também um apaixonado por seu estado natal, tendo desenhado o brasão de armas do estado e escrito diversas obras e inúmeros artigos a respeito de Santa Catarina. O destaque foi “Notas para a História Catarinense”, de 1912, que foi depois condensada didaticamente e adotada pelas escolas estaduais de SC a partir de 1919, em sucessivas edições. Foi, assim, o primeiro a contribuir e propor a difusão da história catarinense pela rede escolar. Fez parte de diversas associações e entidades culturais, entre elas: Sociedade Brasileira de Geografia; Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (do qual foi sócio benemérito); Institutos Históricos: de Santa Catarina – que presidiu 1914-1920, do Ceará, do Pará, do Espírito Santo, e de Ouro Preto-MG; Academia Catarinense de Letras – Cadeira 30; Sociedade dos Homens de Letras; Instituto Histórico e Militar do Brasil, etc. Associou-se ao Colégio Brasileiro de Genealogia em 1953. Publicou, dentre outros: A tática nas campanhas navais nacionais; Notas para a História Catarinense-1912; Léxico de Catarinensismo – 1920; A Pequena História catarinense – 1920; História de Santa Catarina – 1930; As Façanhas de João das Botas – 1935; Poranduba Catarinense – folclore, 1957; A Marinha Imperial na revolução Farroupilha; Campanha Naval de Cisplatina; A Marinha de Guerra nos reinados de D.João VI e D. Pedro I; A colonização italiana em Santa Catarina; A toponomástica do litoral catarinense nos séculos XVI e XVII; O tenente-general Antero de Brito, Barão de Tramandaí; Efemérides catarinenses 1500-1910; A Marinha Nacional nas lutas da Independência e mais inúmeros artigos em revistas e jornais, em especial o Jornal do Comércio do Rio de Janeiro, onde colaborou entre os anos de 1911 a 1957. Maria Teresa Santos Cunha, na dissertação de mestrado “Contribuição Historiográfica de Lucas Alexandre Boiteux no Jornal do Comércio do Rio de Janeiro”, defendida na Universidade Federal de Santa Catarina em 1982, listou 268 artigos, nos mais variados gêneros históricos.

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